quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Especial da semana: Nina Oliver

Essa semana, o post atrasou um pouquinho, mas chegou! Recebam com alegria nossa autora que mora loooooooonge, lá em Belém do Pará! Estamos falando é claro, da queridíssima Nina Oliver!

Sobre a autora

Nina Oliver nasceu em 03 de dezembro de 1978, e Nabetse “nasceu” no exato momento em que veio à mente da autora em plenas férias de julho de 2009, num repouso pós-almoço. Quando ambos se encontraram, foram tomados pela intensa vontade de transformar uma pequena frase em um livro e publicá-lo.
A escrita faz parte da vida da autora desde os 9 anos de idade, quando, durante um dever de casa, recebeu a visita imaginária do Chapeleiro Maluco, nascendo naquele momento o primeiro conto. Com o tempo vieram outros contos infantis, novos romances platônicos e novelas musicais.
“Nabetse e os Guardiões da Justiça” é o primeiro livro publicado pela autora e faz parte da saga “O sábio, a estrela e o Nada”, composta de cinco livros, cada um narrando um ano de vida do menino até seu momento decisivo: a escolha.

Sinopse:
Com um abrir de olhos e a visão de uma manhã estrelada, recomeça a vida de Nabetse, um menino refugiado de 13 eras que retorna para seu lugar de origem: o Território, lugar residente no aglomerado estelar de Arqueiro, bem no centro da Via Láctea.
Filho do relacionamento entre um sábio e uma estrela, nasceu com a essência indefinida, a irisinter, e, portanto, nesse regresso ao Território, precisará decidir entre a natureza do pai e a natureza da mãe, sendo essa escolha importante na garantia da segurança de todos. Para tanto contará com o suporte do compreensivo Guardião da Justiça Otrebor, com a vigilância do mal-humorado Guardião da Justiça Rotciv, com os quitutes da Ajudante Enila, com a maestria infantil de Onalos, com o pulsar infinito das estrelas e com os doces de um homem que a tudo sabe.
Nem tudo será agradável. Nem todos serão amigos.
As Oliveiras estão com suas seivas em alerta. 
O Velho Sábio está em exílio. 
O passado será decisivo, o presente, desconhecido, e o futuro uma escolha personalíssima que apenas Nabetse poderá enfrentar.
Hic est veritas. Ad futuram memoriam. Ad perpetuam rei memoriam.



E para finalizar, nós submetemos a Nina a um interrogatório (rs), confiram o resultado abaixo:

1 - Por que se tornar escritora?
Oi Rafael! Não escolhi ser escritora. Eu sou. Para mim foi um caminhar natural e continua sendo. A escrita pra mim é um processo de autoconhecimento. Escrevo sobre o que sei e sobre o que não sei sobre mim, sobre o mundo à minha volta, sobre o que vejo, o que não vi e o que um dia poderei ver.
2 - O que é Nabetse e o que significa?
Nabetse é, simplesmente, o personagem principal não só do livro mas de toda a série “O Sábio, a estrela e o Nada”. Isso está bem claro na sinopse. O nome dele é Esteban, escrito de trás pra frente e se trata do primeiro nome que veio à minha mente quando me perguntei qual seria o nome do menino que viu a manhã estrelada.
Quanto ao significado, segundo consta, é aquele que gosta de se sentir seguro. Quem já leu o livro, sabe o que eu estou falando. ;)

Jéssica Anitelli por que escrever fantasia?
Jéssica, escrever fantasia pra mim é a mesma coisa que escrever sobre o real, porque o fantástico e todo seu universo nada mais é do que o outro lado do espelho dessa vida que levamos, com o diferencial de podermos agregar coisas que o peso da realidade não comporta.

Ben Green Seu livro tem algum fundo moral? Se sim, por que esse?
Ele tem diversos fundos morais, Ben. Mas o principal é a reflexão sobre o poder que temos sobre as nossas escolhas. Pode parecer estranho o que vou dizer, mas não foi um fundo moral que eu escolhi. A história nasceu e, com seu crescimento, foi apresentando seu próprio fundo moral, que acredito ser valioso em tempos globais onde escolhes em oceanos longínquos refletem em nossas vidas. Como diz um famoso filme: estamos todos conectados.

Ben Green Quais foram as principais dificuldades na escrita da obra?
Foram no total de cinco e adianto que não tem nada a ver com os nomes. Estes foram a parte mais fácil e divertida do processo de construção do livro.
A primeira foi em continuar a escrita. O manuscrito inicial tinha 42 laudas entre digitadas e escritas à mão, contendo a espinha dorsal de toda a série. Esse manuscrito ficou parado por seis meses e quase foi engavetado. Eu sentia uma imensa vontade de escrever, mas não acreditava que seria capaz de conduzir uma história tão grande. Não entendam o grande do ponto de vista da quantidade de laudas ou da quantidade de livros da série. A grandeza está naquilo que não se vê.
Vencida a primeira dificuldade, a segunda dificuldade foi definir se a história seria narrada pelo próprio Nabetse ou se seria em terceira pessoa. Venceu a terceira pessoa.

O desenvolver da história foi a dificuldade número três, não pela escassez, mas pela alta gama de ideias que eu tinha. Precisei parar e organizar o que era do primeiro livro, do segundo, do terceiro, quarto e quinto para seguir adiante na escrita do primeiro. Minha escrita é confusa, meu processo de criação é caótico. Mas é o meu processo, e não adianta tentar organizá-lo senão piora. Gosto de ter liberdade nos pensamentos e na criação, afinal sou artista.
A quarta dificuldade foi em encontrar o início ideal. Originalmente o livro já começava com o abrir dos olhos do menino de 13 eras, mas eu não estava nem um pouco satisfeita. Passei noites, madrugadas, manhãs, tardes, enfim, passei a eternidade de um ano para finalmente, e sem qualquer esforço, encontrar a visão do cenário perfeito para as primeiras palavras do livro.
A última dificuldade foi enfrentar o passado doloroso do personagem principal. Foi um momento de profundo desgaste, de noites sem dormir ao imaginar suas dores e de seus pais. É o preço que pago pelo amor que tenho à minha criação. Ser mãe de um livro é padecer no paraíso.
 


 



Nenhum comentário:

Postar um comentário