terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Especial da semana: Rafael de Souza

Essa semana vamos falar de Rafael de Souza, o caçula do grupo e autor de Manfelos, que é muito querido por todos nós. Recebam-no com muito carinho!

O Autor

Rafael de Souza é natural de Mococa-SP, tendo participado, durante pouco mais de três anos, do CBT – Curso Básico de Teatro, oferecido gratuitamente pela cidade e ministrado pelo excelente diretor Marco Antonio Coelho de Moraes, vulgo Maestro. Escreve desde os quatorze anos quando pegou gosto por literatura internacional. Desde essa época não parou mais, no que resultou a criação desta pequena saga em quatro volumes. Gravou curtas-metragens, foi incumbido de escrever um roteiro, o qual finalizou, sobre a vida adolescente. Participou de eventos teatrais para crianças, apresentações beneficentes, tendo também ingressado em concursos na região, como, por exemplo, Mapa Cultural e Festival do SESI em Sorocaba-SP. Foi apontado com a melhor redação da turma, em 2006, durante o término do ensino fundamental, levando, portanto, a premiação do EPTV na escola. Com apenas vinte anos, começa a carreira de escritor, com a qual pretende seguir trazendo ao país suas histórias de fantasia, incluindo um projeto de obra crítica sobre o mundo contemporâneo.




Sinopse - Manfelos - A distorção da realidade - Rafael de Souza

Em Manfelos, cidade ao norte do Canadá, quase não há mais resquícios de vida. A cidade se tornou uma lenda e encontra-se abandonada. Fred Gordon tem um sonho com seu falecido pai, que lhe conta uma história nada agradável. De repente, sem que esperasse por isso, ele se vê dentro daquele conto de terror. É parte da história. Precisa desvendá-la e sair vivo. Fred se vê numa corrida contra o tempo para deter um estranho lorde chamado Mandraco, o qual está reunindo um exército para concluir uma secreta tarefa. Com a ajuda de seu amigo Leonardo, ele se une a Spellver, Sr. Johnson, Blunnie e Judy, os quais também parecem estar trancados na mesma história de terror. Todos eles se propõem a deter Mandraco, antes que a cidade de Manfelos traga algo muito pior que a morte.

Também fizemos uma entrevista a qual o Rafa respondeu com o maior prazer:

1 - Existe algo pior do que uma realidade distorcida?
Resposta: Se não souber discernir o que é certo do que é fácil, a sua realidade, provavelmente, estará sob constante distorção. Não há nada pior do que um pesadelo como este, que nos fecha os olhos para uma vida de inúmeras oportunidades.

2 - Como você galgou seu espaço no meio literário?
Resposta: Foram tantas as etapas pelas quais passei! Acredito até que tenha trilhado o mesmo caminho de muitos outros autores. Ao começar com rascunhos e um sonho na mão, fui em frente e dei vida a uma obra meio pobre. Depois, bastou ligar a força de vontade e toda a magia aconteceu. Um livro virou dois, dois viraram três e, no fim, eu tinha em mãos os quatro volumes da saga Manfelos. Encontrar o capista André Siqueira e ser aceito pela Dracaena foram golpes do destino que, obviamente, eu prefiro chamar de Deus. Conquistado meu lugar ao sol, no meio literário, só o que tenho a fazer é caminhar e sonhar ainda mais.

3 - Como foi o começo para você e como se sente hoje tendo publicado?
Resposta: A princípio, eu não desejava escrever profissionalmente. Este foi o início, quando me sentava para brincar de dar vida aos personagens, sugerindo situações sem pé nem cabeça. Coisas de adolescente em crise, rsrs. Mas, com a chegada da minha formatura, em 2009, percebi que precisava fazer alguma coisa que me desse prazer e o que foi, então? Pois é, escrever um livro já com a ideia de publicá-lo. Foram horas de trabalho incerto, expectativas, esforços e desejos. E quando tive tudo isso editado e impresso: Primeiro, nunca me senti tão realizado na vida, pois transformar sonho em realidade é algo dos deuses. Segundo, encontrei um universo maravilhoso de fantasia, leitura e pessoas que partilham dos mesmos planos que os meus. Nunca fui tão feliz. Encontrei-me na vida!

4 - O que espera para o seu futuro literário?
Resposta: Duas expectativas. Uma delas é ser reconhecido. Não almejo ser rico, famoso ou o cara que só escreve os mais vendidos. Não! Ser reconhecido basta. Ter meus livros lidos por pessoas que realmente gostem deles. E a outra, é claro, ter uma carreira que seja, no mínimo, autosustentável. Afinal, esta é uma empreitada meio cara. Exige de nós um planejamento financeiro bastante delicado.

5 - O que significa para você escrever?
Resposta: Ter liberdade. Poder ir e vir, criar e recriar, fazer e desfazer, matar e ressuscitar, o que eu quiser. Escrever é isso: ser livre. Além de ter o poder de levar conhecimento, cultura e informações ao público, o que é importante para ambas as partes.

6 - Quais foram suas inspirações para escrever Manfelos?
Resposta: Manfelos não começou a todo vapor, já com a ideia de publicação. Tudo teve início lá pelo ano de 2006, aproximadamente, quando recebi uma redação como lição de casa. Estava tão empolgado com aquilo, que, de repente, obtive uma mini-história de vinte e duas páginas. Meu objetivo era elaborar um conto misturando Harry Potter com Parasite Eve 2: e funcionou. No entanto, este mesmo conto ficou engavetado até dezembro de 2009, quando retomei o projeto. A minha decisão estava sobre o desejo de lançar um livro para ajudar a lançar meu nome, visto que eu queria me formar em artes cênicas e ser ator. Alguns meses depois, percebi que aquele primeiro Manfelos podia se estender para quatro livros. Abandonei a ideia de ator para ser autor. Uma simples letra "U" que mudou tudo, rsrs.

7 - Houve algum laboratório ou pesquisa? Se sim, qual foi o fato mais curioso?
Resposta: Sim, algumas pesquisas foram necessárias. Para esta primeira série tive que buscar informações sobre inúmeros demônios "reais" dos quais eu pudesse tirar proveito. Também fui atrás de mitos e lendas para criar as continuações. A saga aborda temas apocalípticos, egípcios e medievais. Foram horas de cliques e conversas para que tudo entrasse nos eixos. No mínimo, todo este processo foi gostoso e divertido.

8 - Como você avalia seu desenvolvimento como escritor depois desse um ano da publicação de Manfelos?
Resposta: Estou muito satisfeito com o meu desenvolvimento. Sei que, por ora, sou autor de primeira viagem, mas nunca aprendi tanto no último ano com todos os trabalhos. Horas de leitura e escrita me fizeram criar mais bagagem. Hoje, após tantos meses em que Manfelos está no mercado, descobri também meu tipo de literatura favorita que, por enquanto, deixou de ser a fantástica. Possuo um novo projeto fora da saga e nele desenvolverei volumes para trazer ao público diversas críticas inteligentes sobre o mundo contemporâneo. O mundo das letras é, sem dúvidas, o meu favorito.

9 - O que podemos esperar de Rafael de Souza para 2013?
Resposta: Como o ano acabou de começar, fica difícil prever muitas coisas. O que posso afirmar é que o volume 2 de Manfelos, "Repercussões do caos", já está preparado para ser enviado para a editora. Se as coisas funcionarem bem, teremos nova publicação ainda no primeiro semestre, se Deus quiser. Fui agraciado com a conquista de ser um dos autores de "Catarse: A apoteose dos contos" que sairá pela Editora Deuses, em breve. Nele, 24 autores e eu teremos nossos contos levados ao público. O meu se chama "Psicopatas". Estou em fase de construção de um novo conto, ainda sem título, que sairá num livro dos autores do Fantastiverso. O que posso adiantar é que é uma pequena história bruxa.

10 - Quais seus próximos projetos?
Resposta: Hummm... "A retenção de Esmallerz", Manfelos volume 3, já está em andamento. Possuo cinco capítulos prontos até agora, de um total previsto para 37. Como mencionada na questão número 8, há uma nova série ganhando vida: "Memórias de um lunático". A ideia inicial é para que se torne uma trilogia. Porém, minha meta é criar 7 volumes "Lunáticos". São livros pequenos, divertidos, intrutivos e cheios de informação e humor.

11 - Quais são as suas manias, antes, durante e depois de terminar uma obra?
Resposta: Antes: ouço música instrumental para relaxar, reviso as ideias do capítulo do dia e espero sempre dar a mesma hora para começar. Durante: faço pausas para caminhar pelo quarto, releio centenas de vezes o mesmo parágrafo, fico atento ao alinhamento do texto e, geralmente, ponho algo para tocar. Depois: espero uma semana para começar as revisões, repito o trabalho no mínimo três vezes (releituras) e começo a ver se não há novas passagens que posso inserir, voltando aqui ou ali no meio do original.

Também queremos deixar um trechinho do livro para atiçar ainda mais a sua curiosidade, querido leitor. E prepare-se: Manfelos 2 está chegando!!!





2 comentários:

  1. Bela entrevista. O Rafael veio para tomar seu espaço. algo previsível em função da seu talento para as artes cênicas. Eu o conheci no teatro e cometemos algum cinema digital. Obrigado por citar meu nome; fico honrado com isso.

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  2. Parabéns Rafael,

    te desejo todo sucesso do mundo. Talento não te falta para isso.

    Um abração.
    Edson Gomes
    http://edprod.wix.com/psquico

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